quinta-feira, 25 de novembro de 2010

POWER PLACEBO


Com a promessa de que suas pulseiras "contêm um holograma que armazena frequências que reagem positivamente ao campo de energia natural do seu corpo para melhorar a força, equilíbrio e flexibilidade", a empresa Power Balance, na Espanha, foi multada, esta semana, em 15.000 euros por propaganda enganosa.
As tais pulseiras do equilíbrio, que viraram moda motivada originalmente por celebridades, pincipalmente do automobilismo,  para mim, um  orientado pela ciência, aposto no produto como um grande e lucrativo  placebo. 
Segundo a Wikipédia:
"Placebo (do latim placere, significando  "agradarei") é como se denomina um fármaco ou procedimento inerte, e que apresenta efeitos terapêuticos devido aos efeitos fisiológicos da crença do paciente de que está a ser tratado...".
Pois bem, ela é um procedimento inerte, onde a crença causa um conforto maior. Sei que muitos pilotos tem outros tipos de superstições, ou amuletos, como a cueca surrada que o Felipe Massa sempre usa nas corridas. Na nossa categoria mesmo, sei de muitos que tem suas superstições, que no fundo funcionam como a pulseira ou como um amuleto. O poder do sugestionamento é forte. A convicção de que você está protegido por algo além do compreensível por usar um determinado acessório trás uma autoconfiança e coragem extra nas suas ações. Tudo que quer um piloto. 
Como causar moda é o foco de quem produz algum bem de consumo, dessa vez a coisa veio para uma pulseira, cercada de celebridades, e pior, com uma falsa aura de explicação científica por trás. Tudo bem vender "cuecas surradas do Massa" mas querer dar ar de ciência à coisa é pura enganação. Enquanto as explicações ditas científicas convencerem apenas os leigos e não a ciência, o produto, para mim, não passará de uma mera cueca surrada de cinquenta reais. E o Barrichello dando seus pulos para garantir o leitinho das crianças.

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