REGULAMENTO TÉCNICO 2014

Fui informado que haverá uma reunião de preparadores amanhã para discutir o regulamento técnico do Marcas SP. Me darei a licença de um pitaco:

Pela minha vasta ignorância técnica, sempre procurei me manter à uma distancia de segurança do assunto. Acontece que acredito que minha ignorância se restringe a questões estritamente técnicas e me atrevo a não me enquadrar na ignorância de estratégia da categoria. E uma coisa guarda estreita relação com a outra.

Os Marcas regionais sempre foram as categorias de referência em termos de baixo custo.
Um regulamento técnico, assim como um desportivo, pode contribuir muito a favor ou contra algumas características específicas da categoria, especialmente em relação aos custos para seus participantes.
É sempre importante lembrar que o Marcas SP há pouco mais de 5 anos tinha menos que 10 carros no grid. Em 2011 alcançou o seu recorde de média por etapa, assim como de inscritos em uma etapa, quando a categoria registrou mais de 70 inscritos em uma única etapa.
A realidade muda com o tempo, claro. Hoje o grid do Marcas SP se mostra em encolhimento, não acentuado, mas já é um sinal que merece atenção por parte dos que estão nele envolvidos.
Vejo que hoje sobram carros para alugar para cada vez um menor número de pilotos interessados no tamanho da conta. Além de alguns pilotos que em temporadas passadas andavam sozinhos e que hoje procuram correr em dupla buscando a redução de custos.

É hora de se pensar em redução de custos. Se nada for feito em termos efetivos, através de regulamentos mais racionais, a redução do custo poderá vir de forma ingrata aos preparadores: pelo excesso de oferta em relação à demanda.

Conversei com alguns preparadores e cito algumas das coisas que ouvi que poderiam reduzir os custos:
- Pistão e biela forjados: seria um investimento maior inicial sem os custos das quebras posteriores.  O centro oeste de Marcas já tem adotado e é a única categoria de regional em ascensão no momento;
- Fechar o regulamento para modelos já testados e de ponta do campeonato como os GMs Celta e Corsa. A abertura de relações do câmbio recentemente implantada, por exemplo, só vai prejudicar o custo dos preparadores, que acabará no bolso dos pilotos.
No caso específico do câmbio, sou testemunha do quanto a coisa pode ficar cara. Não tem a menor lógica abrir este item para um modelo de carro que é utilizado por 4 ou mais pilotos com chances de vencer o campeonato.
- Buscar a equiparação com outros regionais para a redução de custo de participação como visitantes, ou mesmo para as equipes poderem participar com o mesmo equipamentos em mais de um regional. O Marcas SP, por ser o maior, tem virado vitrine e referência. É preciso conversar com os demais regionais.

Certamente outros itens importantes foram falados, mas a intenção aqui não é o detalhamento de todos e sim do conceito.

É HORA DE SE PENSAR EM REDUZIR CUSTOS