sexta-feira, 25 de junho de 2010

SEGURANÇA

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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Coluna do Miagi: Economizar em segurança pode valer uma vida...

Década de 1970. A unica certeza que um piloto tinha, ao alinhar para o primeiro GP de F1 do ano era que um dos pilotos daquele grid morreria antes do final da temporada. Emerson Fittipaldi iniciava uma jornada pioneira pela segurança dos pilotos e espectadores de automobilismo.

De lá pra cá, muita coisa melhorou, muita coisa mudou. Cinto de segurança de 5 pontos, bancos perfeitos, Hans. Tudo visando a integridade física do esportista no caso de um acidente. Mas o pioneirismo de Fittipaldi, 40 anos atrás, ainda deve ser lembrado e citado. Principalmente, quando vamos nos afastando das esferas mundial e nacional do automobilismo, chegando aos regionais.

Campeonatos regionais, como o paulista que tanto amo, acompanho e cubro, são vistos como brincadeira de abastados, que correm com seus carros preparados no final de semana. Quem assim raciocina, se esquece que esses "brinquedos" chegam (ou quase) a 200km/h e uma "vista grossa" na fiscalização de segurança pode custar a vida de um piloto.Imagens do canal SPEED, cedidas pelo piloto Cláudio Roscoe, da Copa Accelera Telecom de Marcas, mostram um movimento impressionante, assustador, do corpo do piloto sacudindo dentro do carro. O banco, mal fixado, quase vai para o lado do passageiro. Consequentemente, o piloto fica praticamente solto no carro, pois o cinto só tem a ação perfeita com o banco no lugar. Quando ele sai de sua posição, o cinto "afrouxa" e a segurança do piloto diminui drasticamente.

Algumas situações "estranhas" eu já presenciei nesse tempo que cubro o paulista. Uma que mais me chamou a atenção, foi piloto alinhar um carro Spyder ano passado, (Spyder é um protótipo, quase um fórmula, porém com as rodas cobertas e com o piloto exposto) equipado com um capacete muito simples, daqueles que se encontram em lojas de motoqueiros, por R$ 90,00. No grid! Já havia passado por todas as inspeções e verificações da FASP.

Aliás, a FASP nem mesmo respondeu a um ofício escrito por Cláudio Roscoe acerca de uma competição organizada na noite de sábado, sendo que domingo teria corridas do Paulista. Resultado: óleo na pista e quase 10 carros se destruindo na freada do S do Senna...

Capacete simples demais, bancos velhos ou mal fixados, Hans quase ignorado, cintos apenas de 4 pontos, em vez dos de 5, que são muito mais eficientes... economias que podem valer uma vida. Com o aval da entidade fiscalizadora...

Enfim, 40 anos atrás, um pioneiro começou uma jornada pela segurança, que infelizmente está longe do nosso Paulista de Automobilismo.

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